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Pix: o que ele revela sobre a economia do Brasil?


Transação pix

Crescimento dos cadastros Pix

Em um cenário de constante evolução tecnológica, o Brasil testemunha a ascensão de uma revolução no setor financeiro com a implementação do PIX, um sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central. Lançado em novembro de 2020, o PIX surge como uma alternativa ágil e gratuita para as transações financeiras, superando as limitações temporais e geográficas das transações tradicionais.


Diferentemente dos métodos convencionais, o PIX se diferenciou por operar 24 horas por dia e por realizar a transferência instantaneamente, eliminando fricções e barreiras temporais que atrapalhavam na fluidez das transações.


Ao encerrar o ano de 2023, o sistema de pagamento instantâneo demonstra sua ascensão ainda meteórica, com impressionantes 130 milhões de CPFs registrados como chaves PIX. Com as demais chaves de e-mail, celular, CNPJ e chaves aleatórias, o total de registros se aproxima de 700 milhões.


Novo meio de pagamento para lojas e comércio

Os últimos 12 meses testemunharam um notável aumento de 150 milhões de chaves, refletindo não apenas uma adoção crescente entre as pessoas físicas, mas também uma adesão expressiva por parte das empresas, consolidando o Pix como uma das principais formas de transações financeiras no Brasil.


A explosão de registros é acompanhada por um aumento expressivo no número de transações, que cresceu 68% no ano. O valor total transacionado também teve um acréscimo notável, elevando-se em 61%, evidenciando não apenas a popularidade, mas também a confiabilidade do PIX como meio de pagamento para lojas e comércio.




Diferenças regionais

No embalo dessa evolução, observa-se uma mudança significativa nos padrões de uso do PIX. Inicialmente adotado predominantemente para transferências entre pessoas físicas, o sistema agora se estabeleceu como uma ferramenta de pagamento em lojas, revelando-se um facilitador para o consumo de bens e serviços.


A análise regional também revela nuances interessantes no uso do PIX. Enquanto a média nacional é de 13,4 transações por pessoa, com um ticket médio de R$ 192 por transação, as regiões apresentam variações significativas. O Sul, por exemplo, registra uma taxa de adesão ligeiramente menor, com 10,3 transações por pessoa, enquanto o Norte lidera com taxas próximas a 16 por pessoa.


Apesar de realizarem mais transações, Norte e Nordeste apresentam valores médios inferiores por transferência, indicando um uso mais frequente do PIX por populações com menor poder aquisitivo.


Nesse contexto, o Amazonas destaca-se como uma região de menor adesão e baixo valor transacionado, contrastando com o Mato Grosso, que lidera com o maior valor médio de transação.




Indicador da atividade econômica local

Entre os municípios, os valores de transação também se alteram bastante. E, mais do que isso, há uma relação bem convincente entre o ticket médio por transação e o número de abertura de empresas per capita.


Tal relação parece indicar que as cidades de maior valor transacionado são, na verdade, municípios em que a economia está mais movimentada, o que por sua vez acaba gerando mais oportunidades de novos negócios.



Independente do que as características regionais revelam sobre o Pix no Brasil, o importante é que esta nova alternativa do meio de pagamento e transferências amplia o potencial de movimentação econômica, especialmente para microempreendedores e pessoas com baixas transações bancárias, que até então eram bancarizadas.


Com a maior movimentação, a economia acaba por gerar novas oportunidades de negócios e de crescimento econômico, o que se revela na abertura de novos negócios.


Além dos gráficos, a Caravela traz uma seção específica para abordar a movimentação financeira de cada município na seção Panorama Atual.

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