Serviços mostra resiliência, enquanto Comércio e Indústria apresentam recuo em Julho

O cenário econômico brasileiro apresentou um quadro de resultados mistos em julho de 2025. Enquanto o setor de Serviços continuou sua trajetória de crescimento, a Indústria e o Comércio Varejista registraram leves quedas, reforçando a importância de uma análise de dados aprofundada para a tomada de decisões estratégicas.

📈 Setor de Serviços: Sexta Alta Consecutiva

Mostrando notável resiliência, o volume de serviços no país avançou 0,3% em julho, consolidando o sexto resultado positivo consecutivo. Esse desempenho contínuo sinaliza uma força sustentada no setor, que tem sido crucial para a economia.

São destaques os estados do Distrito Federal, São Paulo e Santa Catarina. A estado da capital brasileira aponta crescimento de 6,3% no acumulado até julho deste ano, puxado pelo bom desempenho dos Serviços Profissionais (11,8%) e Informação e Comunicação (10,16%).

O estado paulista acumula um crescimento de 4,26% e o volume de atividades também é puxado pelos segmentos de Informação e Comunicação (10,35%) e Serviços Profissionais (5,94%). Já o setor de serviços catarinense somou crescimento de 4,29% e é puxado pelos Serviços às Famílias (7,13%) e Transportes (5,25%).

🛒 Comércio Varejista: Quarto Mês de Queda

O comércio varejista enfrentou um cenário mais adverso. As vendas registraram uma variação negativa de 0,3% em julho na comparação com junho, marcando o quarto recuo mensal seguido.

Apesar do desempenho mensal negativo, a análise mais ampla revela complexidade: em comparação com julho de 2024, houve um crescimento de 1,0%, e no acumulado do ano, o setor ainda apresenta uma alta de 1,7%.

Nos estados, Amapá e Santa Catarina se destacam. O estado do norte cresceu 7,88% até o mês de julho deste ano, comparando apenas os meses de julho, o maior registro foi alcançado neste ano. Já o comércio catarinense cresceu 6,28% até o mês de julho deste ano. Com este desempenho, a taxa catarinense apresenta o 2º melhor desempenho entre os estados avaliados pela pesquisa. No último mês, houve crescimento de 6,08%

🏭 Indústria: Produção Nacional e Regional em Baixa

A produção industrial também registrou uma leve queda, com variação de -0,2% em julho em relação ao mês anterior. O destaque, no entanto, está na análise regional: 7 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE acompanharam o movimento de queda.

A indústria paraense está em movimento de queda nos últimos três meses, este movimento tenta reverter a trajetória de ascensão dos últimos anos. Até julho deste ano, o crescimento é de 6,65%, este é o melhor resultado do ranking anual (entre os 13 estados avaliados). Os destaques setoriais no ano são as atividades de: Madeira (16,86%) e Bebidas (12,86%).

No Sul, a indústria paranaense acumula crescimento de 4,26%, puxado pelas atividades de Máquinas e Aparelhos Elétricos (48,85%) e Veículos (11,08%), e a indústria catarinense soma alta de 4,04% no ano, com destaques para os Produtos de Metal (18,09%) e Cerâmica (8,1%)