Após quedas de 13% e 27% em abril e maio, arrecadação da primeira quinzena de junho apresenta resultado 11% inferior ao ano passado e indica desaceleração da crise econômica gaúcha.
Os efeitos da pandemia na economia gaúcha começaram a ser refletidos nos números de arrecadação de ICMS desde março de 2020, quando houve retração de 7% em relação a fevereiro do mesmo ano.
O imposto incide sobre mercadorias e serviços, e o volume da arrecadação do estado acaba refletindo o nível de venda e de movimentação da economia gaúcha.
Nos meses de abril e maio, foi perceptível o aprofundamento e a gravidade da recessão econômica, principalmente para as atividades do comércio. O mês de abril teve retração de quase 10% frente a 2019, já o mês de maio mostrou queda de 27%. A dupla forma as maiores quedas mensais desde o início do indicador, em 2009.
Já na primeira quinzena do mês de junho, a arrecadação gaúcha indica que o efeito mais drástico da pandemia na economia do Rio Grande do Sul possa ter ficado para trás. Os números continuam mostrando queda em relação ao ano anterior, mas agora a redução é de 11,5%, um resultado superior ao dos últimos dois meses.
Mesmo com a persistência da queda, a arrecadação da primeira quinzena de junho se aproximou dos números encontrados em 2019, superando os resultados de 2018 e 2017, o que não acontecia desde abril deste ano.
Apesar da melhora, é preciso aguardar os próximos resultados para confirmar a desaceleração da queda e para observar qual será o comportamento do consumidor após a pandemia. O impacto inicial foi grave e agora vamos caminhar para uma retomada gradual da economia, mas ainda existem dúvidas sobre qual será o ritmo dessa caminhada.
O impacto da pandemia na arrecadação para cada um dos municípios gaúchos pode ser visualizado em uma página especial de monitoramento econômico, elaborada pela Caravela Soluções em www.caravela.biz/arrecadacao.
.png)